Querida leitora,

 

A Tulipa Azul nasceu de um desejo profundo: transformar a moda em um espaço de reconhecimento e confiança. Sempre acreditei que uma roupa pode ir além da estética. Ela pode ser um instrumento de autoestima, de presença e de pertencimento. Cada criação é pensada para valorizar quem veste, não apenas no espelho, mas também por dentro.

 

No entanto, ao fundar minha própria marca, descobri um aspecto que pouco se fala: os bastidores de quem cria. A síndrome da impostora esteve presente em muitos desses momentos. Esse fenômeno, que atinge tantas mulheres, é a sensação de que não somos suficientemente boas, mesmo diante de conquistas reais. É ouvir uma voz interna dizendo que tudo foi apenas sorte ou que, em algum momento, seremos desmascaradas como uma fraude.

 

No meio digital, essa voz pode ser ainda mais alta. As redes sociais são uma vitrine poderosa para a moda, mas também um espaço cheio de desafios. Ali somos bombardeadas por métricas, números, tendências e histórias de sucesso que parecem perfeitas e imediatas. É muito fácil cair na armadilha da comparação excessiva e se sentir diminuída diante do brilho alheio.

 

A comparação pode até inspirar, mas quando passa a ser uma régua de valor pessoal, ela se transforma em um fardo. Já vivi isso ao questionar se o que eu fazia era relevante diante de tantas outras marcas que também ocupam o espaço digital. O processo de aceitar que cada marca tem sua essência, sua história e seu tempo foi um aprendizado. Hoje compreendo que a autenticidade tem mais força do que qualquer tentativa de seguir fórmulas prontas.

 

Ter uma marca própria é assumir riscos todos os dias. É lidar com os altos e baixos das vendas, com a cobrança interna e com a necessidade constante de inovação. É, ao mesmo tempo, construir um negócio e uma identidade. O que me fortalece é entender que não caminho sozinha. Cada cliente que veste uma criação da Tulipa Azul faz parte dessa jornada.

 

E se existe algo que aprendi, é que a autoestima não se constrói apenas com pensamentos positivos. Ela também exige práticas concretas que nos ajudam a sair do ciclo da comparação. Por isso, deixo algumas sugestões para quando a comparação pesar demais:

 

🩵 Se desconecte um pouco. Faça uma pausa das redes sociais e permita que sua mente respire longe das telas.

🩵 Saia para um café. Escolha um lugar aconchegante, peça algo que você gosta e aproveite a experiência sem pressa.

🩵 Assista a um filme que traga conforto. Muitas vezes, mergulhar em uma história leve é um jeito de se reconectar consigo mesma.

 

Alguns filmes dos anos 2000 que podem te ajudar são:

 

  • De Repente 30 (2004) – Uma celebração divertida sobre amadurecer e reencontrar a própria essência.

  • Legalmente Loira (2001) – Um lembrete delicioso de que autenticidade e inteligência podem abrir portas inesperadas.

  • Cartas para Julieta (2010) – Uma história sobre amor, esperança e segundas chances.

  • Aquamarine (2006) – Uma comédia leve sobre amizade, autodescoberta e a magia de acreditar em si mesma.

 

🌷 Extra para quem ama moda e cultura pop japonesa: Gokinjo Monogatari, anime dos anos 90 que fala sobre juventude, amizade e moda de um jeito divertido e inspirador.

Esses pequenos gestos ajudam a lembrar que o valor de cada uma de nós não está nos números das redes sociais nem nas comparações, mas na maneira como escolhemos viver nossos dias e contar a nossa própria história.

 

A Tulipa Azul é uma marca que nasceu para apoiar mulheres em sua caminhada, mostrando que a moda pode ser não apenas beleza, mas também companheira de autoestima e confiança.

 

Com carinho,

Elis